sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Inocência roubada


Apaga-se a luz no quarto,
Sobre a casa, desce a noite
Envolve-se em penumbra
Cai em volta como um açoite

O escuro breu mete medo
Á menina apavorada
Vem assim de mansinho
A crueldade mascarada

Mascara-se de pai, ou de tio
Podia ser outro familiar
Besta na noite calada
Vem a sua inocência acariciar

Queria ser eu a velar-te
Proteger-te desses tormentos
Da noite fazer-te puro leito
Onde espreguiças os sentimentos

Sem culpa e sem mácula
Sem que te apontem dedos
Já te basta a desgraça
Desses escondidos segredos

Não te culpes minha flor
Da besta que te viola
Liberta-te desse medo
Do pavor que te assola

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