quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Cantigas de escárneo e mal-dizer /cu abençoado


Agradecendo a divina graça
Rezou ao São Judas Tadeu
Ajoelhada em belo estado
O lindo cu que deus lhe ofereceu

E assim rezando ajoelhada
Era como melhor se apreciava
Aquele belo cu que na aldeia
Mais nenhum se lhe aparentava

Eram aos magotes os malandros
A apreciá-lo em dia de procissão
Os caminhos da aldeia ladeavam
E no fim faziam fila para confissão

Levavam duras penitências
Por cobiçarem mulher alheia
Por espreitarem com lascívia
A liga que culminava a fina meia

Nos dias de confissão acorriam
Para verem seu lindo cu mimoso
Entre risos e trejeitos envergonhados
Lançavam olhar malandro e guloso

- Áh, tristes penas eu tenho -
Dizia envergonhado o abade
-deixasse-me a linda donzela
Dava-lhe com o badalo de verdade

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