Numa transmutação infiel
De mim para mim,
Busco o lado certo da esquina
Em que me posiciono na certeza
De nunca encontrar o lado certo
Numa busca infrutífera
Que me alicerça a insatisfação.
Se descubro fixações seguras
Logo lhes vislumbro fragilidades
Que me levam a patamares flutuantes
Em equilíbrio de arames
Só presos nas extremidades.
E descubro sabores que parecem perfeitos,
Sinto-lhes a textura acre
Do púlpito do meu desconforto.
Resvalo na inconsciência
Do meu desconhecimento,
Pústula do meu eu desconexo,
Numa esquina sem eira nem beira,
Num rodar de alça
No sentido da rosa-dos-ventos.
Compro-me sem me vender,
Amando-me sem entrega nem prazer,
Máximo denominador comum
Em contas que não sei fazer,
Potencio-me ao quadrado
Sem saber ler nem escrever.
Corto-me por fora
Rasgo-me por dentro
Sem sangue verter,
Mas busco…
O quê? Não sei, busco…
Não desisto…
De mim para mim,
Busco o lado certo da esquina
Em que me posiciono na certeza
De nunca encontrar o lado certo
Numa busca infrutífera
Que me alicerça a insatisfação.
Se descubro fixações seguras
Logo lhes vislumbro fragilidades
Que me levam a patamares flutuantes
Em equilíbrio de arames
Só presos nas extremidades.
E descubro sabores que parecem perfeitos,
Sinto-lhes a textura acre
Do púlpito do meu desconforto.
Resvalo na inconsciência
Do meu desconhecimento,
Pústula do meu eu desconexo,
Numa esquina sem eira nem beira,
Num rodar de alça
No sentido da rosa-dos-ventos.
Compro-me sem me vender,
Amando-me sem entrega nem prazer,
Máximo denominador comum
Em contas que não sei fazer,
Potencio-me ao quadrado
Sem saber ler nem escrever.
Corto-me por fora
Rasgo-me por dentro
Sem sangue verter,
Mas busco…
O quê? Não sei, busco…
Não desisto…
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