quarta-feira, 14 de janeiro de 2009


Numa dessas alamedas de cantos

Recônditos, cabelo ao vento,

Peito á luxúria olhos de prantos

Maria Rita escolhe o momento



Carros de olhares encarcerados

Pela visão das tristes coxas

Passam lentos e enviesados

Atentos às outras Marias roxas



Do frio que toca a rebate

Qual sino que se faz sina

De cada Maria que parte

Como esta que assim se fina



Quer a Rita ter o exclusivo

Da escolha desse momento

Partir assim, sem mais aviso

Cerimónia fúnebre ou paramento



É dia, da Rita que se fez Maria

Farta de sempre atrás correr

Hoje, sem pressas nem correria

Da Maria que se fez puta, morrer.

1 comentário:

  1. Maria Rita ou Rita Maria que se não escolheu a vida, pelo menos escolheu a morte...

    Beijo

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