Numa dessas alamedas de cantos
Recônditos, cabelo ao vento,
Peito á luxúria olhos de prantos
Maria Rita escolhe o momento
Carros de olhares encarcerados
Pela visão das tristes coxas
Passam lentos e enviesados
Atentos às outras Marias roxas
Do frio que toca a rebate
Qual sino que se faz sina
De cada Maria que parte
Como esta que assim se fina
Quer a Rita ter o exclusivo
Da escolha desse momento
Partir assim, sem mais aviso
Cerimónia fúnebre ou paramento
É dia, da Rita que se fez Maria
Farta de sempre atrás correr
Hoje, sem pressas nem correria
Da Maria que se fez puta, morrer.
Maria Rita ou Rita Maria que se não escolheu a vida, pelo menos escolheu a morte...
ResponderEliminarBeijo