Fiz um poema que falava de 2 rios
Um impetuoso, outro calmo
Um sereno outro bravio
Um preguiçoso, outro corredio
Um eu, outro tu
Eu corrente de fragas batidas nas rochas
Tu esmero de seixo liso
Que atiramos para longe
E vai batendo nas águas calmas.
Há um ponto onde se juntam
Num orgasmo de orvalho que esvoaça
Eu de ardor vestido
Tu noiva de véu de branca espuma
Acolhes-me no leito do teu ventre
Margens frondosas que se alargam
Ao ímpeto de novas vagas.
Teus seios são as levadas
Onde agarro o meu caudal
Teu cabelo de trigo em suas margens
Corcel em disparada
Soltas o grito do teu peito
Águas que se juntam às minhas
Em noites de orvalho fecundo.
Àh, se água fosse o teu amor por mim
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