sexta-feira, 3 de abril de 2009

sim, eu confesso...


Rasgo-te, em cada palavra
Brota de mim um instinto puro
Na auto-preservação
Da minha demência,
Alimentada pelo sangue que te derramo.
Não procuro sequer desculpas.

Rasgo-te prostituído pela vontade de te possuir
Não só o corpo, antes a alma
Que me dizes minha mas que a distancia, teima
Em adiar presente nas dores que te (nos) provoco.

Rasgo-te no impulso do meu querer vagabundo e clandestino
Gumes afiados por dentro do teu bem-querer
Que sei que tens, que sei que me dedicas
No porfiar das promessas que me fazes.

Rasgo-te sem que o consintas
Quiçá pesado na desilusão da saudade
Sempre presente, nunca saciada.
Que de ti meu amor, angustia da alma,
Sorriso do meu ser
Nunca me sacio… a saudade é ela própria
O rasgo do meu querer

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