quarta-feira, 15 de abril de 2009

do outro lado do espelho


Olho-me em frente ao espelho
Perscruto-me o rosto, leio o diário
Dos traços que me compõem
Todo o meu percurso solitário

Cada ruga esconde uma história
Cada traço uma aventura
As cicatrizes são testemunhas
Da vida que já me foi dura

A vida que vivi é a que quis viver
Nem os erros já lamento
Embora não me vanglorie
Que tenham trazido acrescento

Á vida que vivi, umas vezes certa
Outras em cata-vento, ou redemoinho
Preferia com os erros dos outros
Ter aprendido o meu caminho

Mas foram os meus, esses que vivi
Que umas vezes me deram alegrias
Outras tristezas, outras…não sei
Nem explicar mesmo nestas poesias.

Procuro-me ainda do lado de lá do espelho
Sigo os trilhos que a minha vida sulcou
Canais curvilíneos do meu ser em voltas
E voltas quem nem o tempo amainou

2 comentários:

  1. P/ Bea: e porquê?? mas isto não é prosa, é poesia. o outro é que é prosa mais numa vertente romanceada e não lirica. também tenho prosa lirica.

    Beijo

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