sexta-feira, 15 de maio de 2009

essa palavra, liberdade


Surge-nos a ilha assim de momento
Banhada por intolerância a poente
Causa-nos estranheza que resista
Ás vagas da inquisição a nascente

Libertou-se da gravata e do laço
Maculou o alvo colarinho
Verberou o ímpio maldizente
Mostrou afilado o feio focinho

Lançou sobre ela a matilha
De raivosos e de ira lançados
Sobre ela que é tua e minha
Os cães, rafeiros de toga trajados

Mas a palavra não se deixa vencer
Vive mesmo quando fala de morte
É ilha altaneira cume de rocha
Que as vagas e outro tipo de sorte

Ainda que monstruosas e diletantes
É essa soma que escreve verdade
É por um simples conjunto de letras
Que se escreve palavra e liberdade

2 comentários:

  1. Ora aqui está um poema muito bem escrito e que sabe do que fala!

    Gostei Jaber

    Beijo

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  2. Ainda aprisionada na boca ou dedos, a palavra
    solta-se e é livre no pensamento, Jaber.
    Ósculos de sempre inimizade! ;)

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