segunda-feira, 30 de março de 2009

prostituta de mim


A palavra toma-me por louco
E não sei que mais lhe diga
Obedeço-lhe aos caprichos
A essa louca prostituída

Chupa-me o sangue, rói-me as veias
Morde-me a alma castiga-me o corpo
Canta-me em poesia, deleita-me na prosa
Enrola-me no enlevo do seu doce sopro

Toma-me no corpo, vendaval de paixões
Assassina-me a vontade em seus braços
Roça-me húmida no deambular das emoções
Mil, como mil são seus regaços.

Corre-me nas veias liquefeita
Umas vezes torpe outras sôfrega
Munida de punhal ou de penas travestida
Mas nunca a palavra me saiu trôpega

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