terça-feira, 6 de outubro de 2009

O rio que me corro


O rio que me corro
Nasce lá no alto
Desce montes e valados
Toma o vale de assalto

Vem em correria desenfreada
Pelas margens maduras
Do tua boca que profano
No amor que me juras

Espraio-me no teu vale,
Percorro-te os sulcos, preguiçoso,
Que espraias à minha água
Que adentra teu recanto ocioso

Não te penso nascente
Nem sequer leito de nós
Penso-te um fim de mim
Na minha tormenta és minha foz

És todo um mar que adentro
Em maré que quero cheia
És o azul e o verde dessa água,
Da minha saudade, minha panaceia.

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