Eu não sou poeta
Sou outro
Com a palavra no coldre
A razão nos sentidos
Engatilho a palavra
De mil metáforas
Travestidas de verdades.
Não sou poeta
Sou a lâmpada
Que ilumina
Vão de escada
Que encobre dejectos
Pútridos de consciência.
Não sou poeta
Sou o raio que atravessa
A noite na cauda de um morteiro
Mensageiro da desgraça
Do infortúnio alheio.
Não sou poeta
Sou candeeiro de rua escura
Testemunha da devassa
Da puta de mão em mão
Do chulo que lhe enegrece a face
Em insulto de sevícia
Rouba o dinheiro e o orgulho.
Não sou poeta
Sou a chama que vela
A morte da criança
Esquecida até da morte
Que não a leva
Mas atormenta-lhe o sonho.
Não sou poeta
Sou o raio da tormenta
Que desaba em bairro de lata
Que mais miséria acrescenta
Nos descamisados
Que misturam lágrimas
Á chuva que os atormenta.
Não sou poeta
Parido de uma inconsciência
Filho da intolerância
Prostituída com o acaso
Não sou poeta…
Não me chamem poeta…
Sou outro
Com a palavra no coldre
A razão nos sentidos
Engatilho a palavra
De mil metáforas
Travestidas de verdades.
Não sou poeta
Sou a lâmpada
Que ilumina
Vão de escada
Que encobre dejectos
Pútridos de consciência.
Não sou poeta
Sou o raio que atravessa
A noite na cauda de um morteiro
Mensageiro da desgraça
Do infortúnio alheio.
Não sou poeta
Sou candeeiro de rua escura
Testemunha da devassa
Da puta de mão em mão
Do chulo que lhe enegrece a face
Em insulto de sevícia
Rouba o dinheiro e o orgulho.
Não sou poeta
Sou a chama que vela
A morte da criança
Esquecida até da morte
Que não a leva
Mas atormenta-lhe o sonho.
Não sou poeta
Sou o raio da tormenta
Que desaba em bairro de lata
Que mais miséria acrescenta
Nos descamisados
Que misturam lágrimas
Á chuva que os atormenta.
Não sou poeta
Parido de uma inconsciência
Filho da intolerância
Prostituída com o acaso
Não sou poeta…
Não me chamem poeta…
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