domingo, 14 de fevereiro de 2010

Diz-me


Encosta a boca ao meu ouvido
Diz-me por onde andas,
O que tens feito,
Nem tanto para saber
Mais para sentir
O teu hálito quente,
Saborear o som da tua voz,
Cava no meu ouvido.
Fecho os olhos e quase a sinto,
Trinar de saudade
Num crepúsculo sem fim
Nesse soar sem tino
Que se perde
Na memória dos dias que passo sem ti.

Encosta a boca ao meu ouvido,
Fala-me das paragens
Por onde andas ausente de mim,
Vestida de mim
Num abraço sem fim,
Fecho os olhos e quase te vejo,
Olhos de corça,
Lábios de mel,
Minha terra prometida
Onde apascento o meu desejo,
Assim só de te imaginar…

Vem…
Encosta a boca ao meu ouvido…

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