domingo, 7 de março de 2010

Improvisos na praia do Tamariz


Sopra-me no rosto a brisa amena
Que deposita nos meus lábios um sabor salgado
E nos olhos promessas de infinito.
O mar que me vem beijar os pés
Numa corrente translúcida
Devolve-me a ternura de tempos
Que julgo ter passado,
Que julgo ter provado,
Algures entre a realidade e o sonho
E adivinho já aí,
No revolver de cada onda
Que me renova a promessa
Do desejo temperador.
Fica a espuma a espraiar-se
Preguiçosa e dolente
Numa comodidade aconchegante.
Já não tenho saudade,
Só o desejo que a próxima onde me agite de novo.

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