O João da Nora trabalha no campo
Rompe a pele em cabo de enxada
Trabalha também na fábrica
Rompe os pulmões até de madrugada
Respira a bosta de boi durante o dia
O amoníaco ácido durante a noite
Que lhe queima os pulmões e o cérebro
A jorna acaba dorida como um açoite
Leva na lancheira o pão e a tristeza
Por todos os poros arrota desgraças
Já não é novo, ele sabe-o e sente-o
Roga ao Senhor, lhe traga novas graças
E não pede muito o João, velho
Embora de idade seja novo
Pede o direito á diferença
Entre os velhos deste povo
Fecha os olhos ajoelhado ao Altar
E pede a graça de ser pobre um dia
Para que assim não o seja todos os dias
Que lhe renove uma vida sem agonia
Rompe a pele em cabo de enxada
Trabalha também na fábrica
Rompe os pulmões até de madrugada
Respira a bosta de boi durante o dia
O amoníaco ácido durante a noite
Que lhe queima os pulmões e o cérebro
A jorna acaba dorida como um açoite
Leva na lancheira o pão e a tristeza
Por todos os poros arrota desgraças
Já não é novo, ele sabe-o e sente-o
Roga ao Senhor, lhe traga novas graças
E não pede muito o João, velho
Embora de idade seja novo
Pede o direito á diferença
Entre os velhos deste povo
Fecha os olhos ajoelhado ao Altar
E pede a graça de ser pobre um dia
Para que assim não o seja todos os dias
Que lhe renove uma vida sem agonia
Gosto do poema, mas a última quadra poderia ser um bocadinho melhorada. Mas está excelente, sobretudo pelo tema.
ResponderEliminarBeijo doce