Avó Maria, baixinha e anafada
Carrega o neto pela escada
Com cuidado o mergulha na tina
Para um banho em água temperada
Já adulto e sem tino nem razão
O neto só abana as mãos e a cabeça
Em jeito de agradecimento
Esperando que o passeio aconteça
Já lavado e perfumado
Coloca-o a peso na cadeira
E vai apanhar o catorze
Que pára na pasteleira
Carrega-o no autocarro
Perante o olhar indiferente
Do motorista e do passageiro
Adulto imbecil e velha indigente
Sai a avó Maria do catorze
Apanha o metro para o hospital
Em dia de tratamento físico
Para seu neto doente mental
Abandonado pela mãe
Esquecido pelo pai, seu filho
Que a abandonou também
E a deixou neste andarilho
“Porque não o interna aqui?”
Pergunta-lhe o médico no hospital
“E quem me ensinaria a amar?”
Pergunta a avó em ar normal
Carrega o neto pela escada
Com cuidado o mergulha na tina
Para um banho em água temperada
Já adulto e sem tino nem razão
O neto só abana as mãos e a cabeça
Em jeito de agradecimento
Esperando que o passeio aconteça
Já lavado e perfumado
Coloca-o a peso na cadeira
E vai apanhar o catorze
Que pára na pasteleira
Carrega-o no autocarro
Perante o olhar indiferente
Do motorista e do passageiro
Adulto imbecil e velha indigente
Sai a avó Maria do catorze
Apanha o metro para o hospital
Em dia de tratamento físico
Para seu neto doente mental
Abandonado pela mãe
Esquecido pelo pai, seu filho
Que a abandonou também
E a deixou neste andarilho
“Porque não o interna aqui?”
Pergunta-lhe o médico no hospital
“E quem me ensinaria a amar?”
Pergunta a avó em ar normal
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