quarta-feira, 27 de maio de 2009

Aquele amor de verão


Naquele verão em que te conheci
Na praia ventosa e desmaiada
Aos pés da serra que se escondia
Da tua bela figura apetecida

Encoberta pelo nevoeiro da manhã
Espreitava entre as nuvens lá no alto
Meu olhar envergonhado e tímido
Meu coração em sobressalto

Deixavas as pegadas na areia
Leve como a brisa que cheirava
Contentava-me tão só em beijar
O chão que o teu pé pisava

Olhava as ondas que desfaleciam
Na praia, nesse terno verão
Sentia-me essa vaga compassada
Maré cheia da minha paixão.

À noite junto ao velho barco
Com a lua como testemunha
Contava as estrelas, com os beijos
Que a tua boca na minha punha

Vejo ainda em contra luz
Na madrugada rarefeita,
Do teu corpo entrelaçado
No meu, em felicidade perfeita.

1 comentário:

  1. Ah, os amores dos verões!...
    Belo poema, meu belo.Destaco o lirismo desses versos que apreciei em especial:

    "Encoberta pelo nevoeiro da manhã
    Espreitava entre as nuvens lá no alto
    Meu olhar envergonhado e tímido
    Meu coração em sobressalto"

    Bjins de inimizade (e)terna!

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