terça-feira, 10 de março de 2009

Amanhecer


Amor dos dias mornos
Que me amanheces
Em delicada madrugada
Pele com pele, e estremeces
Vejo-te a gota a escorrer
Pelo corpo, em delicado fio
Como lágrima de orvalho
Ou corrente de manso rio
Amanheces em meu redor
Com sabor de amor na boca
Sabe-me a favo de mel
Essa seiva que te escorre, louca
Aqueço-te com a destreza
Do raio de sol que te ilumina
Que atrevido presencia
Minha boca na tua, divina
Ilumina-te os seios que me ofertas
As coxas com que me esfregas
Os flancos em que te cavalgo
Nessas sempre doces refregas
Tua boca sedenta que me traga
Tu amazonas, eu alazão
Corcel de raça, em disparada
Pelo bordo do teu vulcão
Busco a lava do teu ser
Suave mate que me inebria
Amo-te sempre assim mulher
Mais lindo verso da minha poesia

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