Tens travo de citrino,
Daqueles que provém
De árvores expostas ao sol,
Cujos raios amadurecem
O teu apetecido fruto,
Numa generosidade de mel
Que me escorre queixo abaixo
Quando te mordo um gomo.
És laranja amarga e doce,
Grande, polpuda, de casca fina.
És tangerina acabada de colher,
Poema á natureza que te fez assim,
Doce.
Minha laranja, meu poema
Que desfolho gomo a gomo
Na expectativa de em cada parte
Redescobrir tua doçura.
Inunda-me a boca e os sentidos
Minha laranja, meu poema…
Teu sumo adoça-me a boca
Teu poema dá-me a cor
De laranjais sem fim.
Como te quero minha laranja
Meu poema…
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